quarta-feira, 24 de julho de 2013

Quem é o Molotov



Pode ter nascido na Espanha, foi batizado por finlandeses e tem nome soviético: é o Coquetel Molotov!

A receita é simples:
* 1 garrafa de vidro
* 1 boa dose de um líquido inflamável (gasolina, querosene, álcool e até éter)
* 1 pedaço de pano para funcionar como pavio
* Fogo

E está pronta a bomba incendiária de fabricação caseira mais famosa do mundo. Apesar do nome russo, os primeiros registros do coquetel explosivo são da guerra civil espanhola, que historiadores afirmam ter sido um grande campo de testes para várias potências militares experimentarem novas armas. Alemães, russos e italianos usaram o conflito civil na Espanha como campo de testes, enviando tropas e equipamentos.

No caso, o Coquetel Molotov foi usado na cidade de Toledo, em 1936. De um lado, estavam os nacionalistas de Francisco Franco apoiados  pelos alemães, no outro lado, estavam os republicanos contando com a ajuda dos soviéticos que entraram com seus tanques de guerra. 
Para tentar conter o avanço dos tanques soviéticos é que os nacionalistas lançaram mão daquela bomba criada com uma garrafa, um pedaço de pano, rolha, gasolina e óleo de motor (para que o fogo ficasse ativo mais tempo). Apesar da rusticidade, o artefato fez efeito e realmente era capaz de causar sérios danos à blindagem dos tanques e forçar a saída dos soldados de dentro do equipamento. 

Já o nome de batismo surgiu uns anos depois - ironicamente, diga-se de passagem, criado pelos finlandeses quando a União Soviética invadiu a Finlândia durante a Guerra de Inverno (de 1939 a 1940). Os finlandeses também não tinham armas apropriadas para barrar os tanques russos e resolveram lançar mão da mesma bomba incendiária utilizada pelos nacionalistas espanhóis.  Na época, o diplomata soviético Vyacheslav Molotov declarou numa rádio que os soviéticos não estavam jogando bombas sobre os finlandeses, mas sim lhes fornecendo alimentos. Foi aí que, por ironia, os finlandeses passaram a chamar suas bombas artesanais de "Coquetéis Molotov".


Molotov, Vyacheslav Mikhaylovich
Vyacheslav Molotov - Credit: EB Inc.

Por sua praticidade e rusticidade, o Coquetel Molotov é usado com frequência em revoltas, guerrilhas e manifestações urbanas pelo mundo inteiro, tornando-se um símbolo de rebeldia e emprestando seu nome até para bandas de rock.

Aqui no Brasil, no auge das manifestações de junho deste ano, dois professores da rede municipal de ensino foram presos em Minas Gerais porque, de acordo com a polícia, eles teriam ensinado pelo Facebook como fazer o famoso coquetel molotov.

Criatividade

Falta de grana é o combustível que move a criatividade na hora de criar artefatos bélicos. Além do famoso Coquetel Molotov, não faltam exemplos disso. Como neste caso recente, quando um grupo rebelde na Líbia entrou em guerra civil contra o ditador local e acabou tomando o poder no país. Os soldados de oposição não tinham recursos para combater as tropas pró-governo com material bélico moderno e criaram isto:


(Fonte da imagem: Brian Denton / The New York Times)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Maneiras bestas de morrer... no Rio de Janeiro

Vocês se lembram de um post de novembro/2012 , a respeito do famoso vídeo da companhia de metrô australiana, 'Dumb Ways To Die' (maneiras bestas de morrer)?
Para ver de novo, clique aqui.

Pois agora temos uma versão bem brasileira: a paródia daquele vídeo chama-se "Maneiras Bestas de Morrer no Rio". Vele a pena dar uma olhada no vídeo abaixo.
Ah! E fica a expectativa pelo lançamento da versão paulista: "Maneiras Bestas de Morrer em Sampa". Como sugestão do primeiro item: "Morrer durante um arrastão enquanto janta num restaurante..."