Tamanho é documento...
Li há algumas semanas que o prefeito de Nova Iorque, Michael
Bloomberg, quer proibir a venda de refrigerantes “tamanho família” e bebidas
açucaradas, com objetivo de combater a obesidade.
A venda de garrafas ou copos de refrigerante de mais
de 0,48 litro será proibida em todos os restaurantes e lanchonetes de Nova
York. A medida do prefeito apóia-se em pesquisas divulgadas, mostrando que mais
da metade dos nova-iorquinos adultos são obesos.
A nova legislação da prefeitura de NY, que deve
entrar em vigor em março de 2013, provocou um alvoroço entre os especialistas
em saúde e, é claro, a revolta dos fabricantes de bebidas nos EUA.
Só que três novos
estudos publicados agora em setembro estão colocando mais lenha na fogueira:
eles reforçam o vínculo entre o consumo de refrigerantes e bebidas de frutas
açucaradas e a epidemia de obesidade nos Estados Unidos.
O consumo mais que dobrou desde os anos
1970 e o mesmo aconteceu com a taxa de obesidade - que afeta atualmente 30% dos
americanos adultos. O primeiro estudo,
feito com mais de 33.000 americanos, homens e mulheres, indica que consumir
estas bebidas açucaradas agiria nos genes, afetando o peso e ampliando a
pré-disposição genética de uma pessoa a engordar.
A Coca-Cola foi uma das primeiras a espernear contra
a medida do prefeito. Num comunicado a empresa mandou esta: “Os nova-iorquinos esperam e merecem melhor do que isso. Eles
podem fazer suas próprias escolhas sobre as bebidas que compram. Esperamos que
os nova-iorquinos manifestem a sua desaprovação sobre esta lei arbitrária”.
Esse assunto me fez
lembrar de uma discussão que sempre aparecia nas aulas de Marketing da
faculdade. O curso era “Comunicação Social”, com dois anos básicos e depois a separação
dos alunos nas opções entre Jornalismo, Publicidade e Propaganda ou Relações
Públicas. As aulas de Marketing do básico eram verdadeiras batalhas ideológicas,
com a turma do Jornalismo criticando o pessoal de PP e vice-versa. Uma das
discussões girava em torno da estratégia de marketing usada no lançamento de
embalagens cada vez maiores: com a desculpa de ser mais “econômica”, a medida
teria a finalidade de estimular o consumo exagerado (e, quem sabe, o
desperdício...).
Bom, não dá prá negar que realmente o aumento da
circunferência abdominal parece ter acompanhado o crescimento das embalagens
nas últimas décadas, não é? Algumas embalagens são tão avantajadas que mal
cabem na porta da geladeira. Mas isso é um problema simples de resolver:
aumenta-se a geladeira!
Esse anúncio acima é de 1963. Uma Coca-Cola era GRANDE porque rendia 2 copos! Agora a Coca-Cola GRANDE tem 3 litros!!!!
Essa Coca-Cola 3 litros foi lançada para atender momentos festivos como Natal, aniversários, etc. Mas na década de 60 era assim que se recebiam os convidados:
E as geladeiras que deixaram de ser "elefantes brancos"....
voltam agora com força total:
Lançamento da Brastemp - 2012
Nota: Agradecimento especial ao sr. Salvador Blanco, que me doou sua coleção de revistas antigas. Valeu seu Salvador!
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